Leiam as notas finais, boa leitura gatas.
Me virei e vi um homem de preto se aproximar e antes que eu pudesse reagir ou pensar senti uma pancada forte perto do queixo.
A dor tomou conta do lugar atingido e senti por um segundo meus ouvidos zumbindo pela tontura, mas ainda sim consegui ouvir um grito agudo "Justin !" vindo de Katy.
Senti o homem se aproximar de novo e levantei meio tonto, consegui focar a visão tempo antes de ele tentar me socar novamente, impedi seu punho fechado vindo pro meu rosto o pegando pelo pulso, ele tentou me atingir com o outro punho mais eu segurei os dois braços, ficamos cara a cara enquanto debatíamos nossa força.
- É só me entregar a garota, sei que ela bonita, mas eu te arranjo outra vadia ! - Ele disse com uma voz grotesca.
Senti meu sangue ferver e meu rosto fumegar, eu devia estar vermelho de raiva. Esse cara disse que Katy é uma vadia ? Dei um chute em seu tornozelo enquanto ele se distraía esperando minha resposta, ele grunhiu de dor, mas continuou em pé e veio pra cima de mim.
- Repete o que disse seu merda ! - Eu disse enfurecido.
Ouvi um grito de Katy, que estava agachada do lado do carro, provavelmente ela nunca tinha me visto tão nervoso e estava com medo. Tentei ignorá-la e dei uma sequencia de socos no estômago do homem já que ele ainda estava se recuperando do chute. Levei um soco no canto da boca em resposta e senti o gosto de sangue, desgraçado. Chutei de novo o tornozelo que já tinha atingido e ele despencou no chão frustrado de dor, então disparei mais chutes e chutes na sua perna e por hora ele parecia inconsciente.
Me virei correndo pro carro e Katy ainda estava agachada, a ajudei a levantar e ela ainda tremia.
- Entra no carro. - Disse pacífico.
Ela entrou sem negar e eu entrei no banco do motorista logo depois.
Eu devia estar horrível porque não havia uma parte se quer do meu rosto que não ardia. Ficamos em silêncio e eu dei partida no carro, tínhamos que sair logo daquele lugar, antes que outro capanga nos seguisse.
- Desculpe por ter tido que ver aquilo.
Ela assentiu num sussurro.
- Tá tudo bem ? - Perguntei enquanto colocava uma mão em sua perna e prestava atenção na estrada.
Ela respirou fundo. Eu a conhecia bem o bastante pra saber que ela queria falar algo.
- Diga Katy.
- Por que não deu apenas um tiro nele ? Você estava armado, não precisava ter brigado com ele e ter saído machucado também.
- Ele te chamou de vadia. - Disse apenas.
- Idaí ? Você podia ter se machucado muito mais ...
- Ele te chamou de vadia. - Repeti.
- Justin. - Ela deu uma pausa. - Não pode se arriscar por mim.
- Eu não me arrisquei. Eu sabia que podia com ele. Só não o matei com um tiro porque ele merecia mais. Ele te chamou de vadia e homem nenhum vai te chamar de vadia enquanto pelo menos eu puder impedir. - Disse já alterando meu tom.
- Tá, não vou discutir. - Ela disse cansada e se virou pra janela.
Apertei sua perna com a mão que mantinha por cima da mesma a chamando.
- Não fica assim, fiz isso por orgulho.
- Tudo bem. - Ela sorriu de lado. - Obrigada por ter me protegido.
- Não foi nada.
Ficamos quietos por um tempo. Eu procurava sinais de alguém nos perseguindo.
- Aonde vamos ? - Ela perguntou distraída.
- Não sei. Algum lugar pra passarmos á noite, não podemos voltar pro quartel uma hora dessas, está muito tarde e também porque com certeza capangas estão lá esperando pra pegar você.
- Você vai parar no meio da estrada ?
- Eu não trouxe dinheiro, com a confusão esqueci tudo lá.
- Deixou sua carteira, documentos ... ? - Ela perguntou afobada.
- Sim, mas eu tinha posto todos os nossos pertences num cofre do escritório, seu pai me deu a senha, parece que ele previa que algo ia acontecer. - Conclui. - O cofre é bem escondido, duvido que achem se ainda estiverem na mansão, coisa que sei que não porque o objetivo era te sequestrar, mas você fugiu. Então voltamos pra pegar as coisas quando a poeira tiver abaixado.
- Ah, sim. Bom, meu pai é que nem eu. Suspeita que algo dê errado em todos os esquemas, por isso ele é tão prevenido. - Assenti.
- Você se importa de dormir no carro ?
- Não. - Ela deu de ombros.
POV. Katy
Eu certamente tinha ficado assustada com tudo aquilo, nunca tinha visto Justin tão nervoso como ele estava com aquele homem. Ele tinha se arriscado pra me proteger e eu estava grata por isso. Mas eu não tirava da cabeça aquela frase antes de toda a briga : Está tudo bem meu amor.
Ele tinha me chamado de meu amor pela primeira vez, e depois disso agiu como se nada tivesse acontecido, se eu fiquei chateada ? Não posso dizer que não. Mas o que eu podia esperar ?
Duas coisas não saiam da minha cabeça : Ele me dizendo algum tempo atrás Só não se apaixone por mim e o que me disse hoje.
- Katy você tá me ouvindo ? - Fui tirada de meus devaneios por Justin.
- Hã ? Desculpe, estava distraída. - Disse, ele me olhou desconfiado.
- Vou parar aqui para dormirmos.
Senti o carro estacionando no canto da estrada, estava bem frio. Liguei o aquecedor do carro e peguei meu celular no bolso do meu moletom que por sorte tinha lembrado de pegar antes de toda a confusão. Não tinha sinal.
- Não tem sinal, Justin.
- Amanhã tentamos outro lugar com rede, só precisamos falar com seu pai pra ver se já é seguro voltar.
- Ok.
Pela primeira vez olhei direito pro rosto do Justin depois da briga, ele estava cheio de hematomas no rosto e o canto de sua boca, nariz e queixo sangravam.
Lembrei que tinha uma maleta de primeiros socorros em todos os carros do exército por segurança e abri a porta indo pegar, Justin me olhando com uma cara de interrogação.
Peguei a maleta que como previra estava mesmo no porta malas e voltei pro meu lugar.
- Deixa eu dar um jeito nisso. - Disse trazendo o rosto de Justin pra perto de mim.
- Ah não, esquece isso. - Ele resmungou.
- É o mínimo que eu posso fazer, você se meteu numa briga por minha culpa.
- Não foi nada, Katy. - Ele respondeu tentando impedir.
- Deixa eu cuidar de você. - Pedi calma. Trazendo seu rosto pra perto de novo. Sentia seus olhos em cima de mim.
Limpei o máximo que pude de seu rosto e fiz curativos onde estava machucado. Os meus braços também ardiam um pouco devido aos roxos pelos vários apertos daquele homem que tinha me prendido e queria me levar da mansão.
- Obrigado. - Ele disse rouco.
- Magina. - Murmurei.
Ele me olhou por um tempo, sustentei seu olhar. Ele colocou uma de suas mão na minha bochecha, a acariciando de leve e me deu um selinho demorado, a intenção não era me beijar, era apenas sentir nossos lábios juntos. Interrompendo o selinho ele abriu sua porta e cruzou até a minha abrindo a porta pra mim, subi no seu colo, ele me carregando em seus braços e nos deitou no banco de trás do passageiro, fechando depois todos os vidros do carro, deixando tudo mais quente, apenas o barulho do aquecedor pairando.
- Pensei por longos minutos que tinha te perdido pra sempre. - Ele disse enfim.
Assenti, engolindo em seco, eu também havia pensado isso no tempo que ficamos longe, que me pareceu horas. - O que sentiu ? - Perguntei olhando em seus olhos claros.
- Não há palavras. Mas, não desejo isso a ninguém, Katy.
Senti que o que disse foi sincero, aquilo me tocou, ele realmente se importava. Descansei meu rosto em seu peito e o abracei sentindo seu coração bater.
- Mesmo sabendo que não devo, eu sinto algo por você. - Desabafei.
Ele sorriu com aquele sorriso que eu nunca sabia o que tinha por trás. - Sinto o mesmo.
- Mas, não é amar. Amar é uma coisa muito forte. - Disse calma.
Ele deu uma risada baixa. - Só estamos apaixonados.
- Não era você que dizia "Só não se apaixone por mim" ? - Disse tentando imitar sua voz rouca e grossa.
- Eu sei mentir bem. - Justificou.
- Ah sim. - Ri. - Tinha me esquecido. - Bom, boa noite. - Disse me aconchegando mais em seus braços e fazendo um coque frouxo com os meus cabelos, depois ele envolveu minha cintura.
- Katy ?
- Hum. - Murmurei.
- Eu te ...
- Shiu. Eu te amo são palavras muito fortes, só diga quando tiver certeza. - Eu disse.
Ele me olhou por um tempo.
- Você me surpreende - Sorriu - a cada dia. Boa noite.
Senti dali a um tempo minhas pálpebras fechando, o barulho do aquecedor ligado me fazia sentir mais sono e Justin continuava agarrado á mim, seus braços me enroscando a cintura e sua respiração quente batendo no meu rosto. Meus braços apoiando seu peito.
Esperei mais um dia começar.
(...)
Acordei com o meu despertador do celular tocando. Murmurei um droga porque não conseguia achá-lo e ia acordar Justin, me soltei dele com o máximo de cuidado pra não acordá-lo e achei meu i phone jogado no chão do carro o desligando. Já era 12h56, quase 13h00, tínhamos dormido muito tempo. Meu estômago contorcia de fome, abri o porta-luvas e como esperado tinha água e barrinhas cereais, os carros do exército eram mesmo completos. Peguei duas barrinhas e comi rápido, ajeitei meu cabelo e desliguei o aquecedor que permaneceu ligado a noite inteira, abri um pouco os vidros pra entrar ar fresco. Justin dormia como um bebê, fiquei olhando-o por um tempo e como talvez não teria uma chance como essa de novo peguei meu i phone e tirei uma foto dele dormindo. Sorri e coloquei a foto nos favoritos. Comecei a fazer cafuné nele e senti ele sorrindo, o safado estava se aproveitando do meu carinho.
- Seu aproveitador ! - Grunhi e depois ouvi sua gargalhada alta.
- Ah não, continua tava bom. - Ele fez um biquinho.
- Não. - Dei língua.
- Bom dia sua má. - Ele roubou um beijo estralado e molhado na minha bochecha.
- Ai, seu babão. - Disse limpando minha bochecha. - Bom dia. - Eu ri.
Pouco tempo depois estava Justin, aquele gordo em cima de mim me fazendo cosquinhas e eu nem sabia porque. Aquele carro já era apertado e ele me sufocando.
- Sai, gordo !
- Gordo ? Eu sou gostoso ! - Ele disse deixando a mostra seu tanquinho que eu fiz força pra não olhar. - Fala que não me acha lindo ? - Ele levantou as sobrancelhas em desafio.
- Eu ? Claro que não. - Disse séria.
- Você sabe mentir bem, também.
- Talvez. - Ri.
(...)
Continuamos rodando pela cidade durante á tarde, tudo estava fechado e eu devia me lembrar que era feriado em Londres, por isso meu pai tinha planejado o esquema, não ia ter tumulto.
- Como vamos encontrar um telefone ?
- Eu conheço essa área. Tem telefones públicos na entrada do banco central.
Justin avançou por mais alguns minutos e chegamos no banco, ele saiu e disse pra mim ficar trancada no carro, assenti.
POV. Justin
Encontrei finalmente um telefone público depois de muito rodarmos por Westminster. O banco central estava aberto e pude ver funcionando pelas portas de entrada. Disquei o número secreto do Sr. Benson pra emergências e depois de quatro toques ele atendeu.
- Soldado Justin ?
- Sou eu Senhor.
- Está tudo bem com Katheryne ? - Ele praticamente gritou alarmado na minha orelha.
- Calma, está tudo bem agora. Tivemos um imprevisto e como o Senhor deve saber não estamos mais na mansão.
- Sei, claro. Estava preocupado. O que houve ?
- Te conto quando voltarmos.
- Ok. Vocês podem retornar. Mas, nenhum contato com ninguém no caminho. Nos vemos daqui a algumas horas. E se Katy tiver um arranhão se quer, teremos de conversar.
Ele desligou na minha cara. Engoli em seco. Agora eu entendia porque todos o respeitavam e me perguntava como Katy tinha coragem de enfrentá-lo.
Me peguei pensando em como ele reagiria se soubesse que seu Soldado aparentemente mais confiável tinha um caso com sua filha. Cheguei ao consenso que não queria nem pensar.
- Eaí ? - Katy perguntou quando entrei no carro.
- Já podemos voltar.
- Ótimo. O que ele falou ?
- Hã, perguntou se você estava bem, só. - Disse apenas.
- Tá. - Assentiu.
Peguei rumo de volta para o centro de Londres, onde ficava o quartel. A viagem não era tão longa, já que já tínhamos andado muito. Katy olhava pra janela com o vidro aberto, que fazia seus cabelos voarem, isso a deixava pelo incrível que pareça mais linda do que já era.
Estávamos ouvindo One More Night - Maroon 5, era gozado o jeito que aquela música tinha sentido pra nós dois, pra mim. Tínhamos realmente um lance apaixonado e rude.
You and I go hard
( Você e eu vamos com força )At each other like we're going to war
( Um no outro como se estivéssemos indo para a guerra )...
But baby there you go again, there you go again ( Mas querida, aí vai você de novo, aí vai você de novo )Making me love you( Me fazendo te amar )... Got you stuck on my body, on my body
( Tenho você presa no meu corpo, no meu corpo )
Like a tattoo
( Como uma tatuagem ) And now I'm feeling stupid, feeling stupid( E agora eu me sinto estúpido, me sinto estúpido )
Crawling back to you ( Rastejando de volta para você )
(...)
Por volta do início da noite chegamos finalmente no centro de treinamento do exército de Londres, ví aqueles portões imensos da entrada já abertos á nossa espera, e Liam Benson nos esperava com sua mulher. Senti um frio no estômago e logo depois de estacionar desci do carro.
- Podem me explicar o que deu errado ?
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Hey amores, obrigada pelos comentários do último capítulo !Tomara que tenham mesmo gostado e tomara que gostem deste.Esse foi big, hein ?Eu troquei meu user do twitter e agora é : @smileddlovato_Mas, continuo avisando quando postar, é só pra vocês saberem.Talvez não dê tempo de postar depois de terça-feira porque começam minhas provas, mas como já estou estudando desde o começo do mês, sou estudiosa, bitch pls - sqn dkjakjd dê tempo de eu postar, vou fazer o possível. Obrigada novamente pelos comentários e os elogios que algumas me mandaram no twitter !Anciosas pro próximo capítulo ? Próximo capítulo : Boss of trafficking ?Continua com 11 comentários (:Beijos e beijos ! ‹з@smileddlovato_.