Darling Love - #Justin19

O fato é que eu não conseguia mentir para ela. Pensei em tentar mudar de assunto, mas não teve outra saída a não ser falar a verdade.

-Bem...
-Sem enrolar senhor Bieber.
-Se você me deixar explicar...

 Ouvi o toque de meu celular. Na tela apareceu a foto da Carly, era ela minha salvação.

-Só um momento, tenho que atender. – disse

 Atendi a ligação e enquanto conversava com Carly vi {s.n.} emburrada.
Carly era canadense, assim como eu. Ela era uma boa cantora, mas pouca gente a conhecia e eu estava tentando levar o sucesso a ela.

Desliguei o telefone assim que nos despedimos.

-Quem era? – {s.n} perguntou enciumada.
-A Carly. – disse ligando o carro
-Carly?
-Sim, Carly Rae Jepsen.
-Quem?
-A garota que canta Call Me Maybe. Você já ouviu, só não deve reconhecer o nome.
-Se ouvi ou se não ouvi, isso não importa. O que ela queria com você?

 {S.n.} poderia estar com ciúme, mas pelo jeito havia se esquecido da chave que havia caído.
A chave era parte de uma surpresa que eu estava preparando para ela, mas só iria entregar depois que seus pais fossem embora. Seria mais seguro para mim, assim não teria que enfrentar o meu futuro sogro.

-Nada demais.
-Como assim, nada demais? Se ela ligou é porque queria alguma coisa. – irritou-se
-Calma, não precisa ficar com ciúme.
-Ciúme? Por favor, Bieber. - ironizou
-Então porque você ficou toda irritadinha?

 Tudo bem, essa era a nossa primeira discussão e eu não estava gostando nem um pouco disso.

-Porque sim! Como você ficaria se um cara me ligasse e depois eu não quisesse te falar o que ele disse no telefone?

Fiz um sinal negativo com a cabeça. Em plena véspera de natal estávamos brigando.
{S.n.} emburrou e voltou a olhar para frente. Fiz o mesmo e iniciei a partida.

Não trocamos uma palavra se quer durante o caminho.
Eu era orgulhoso demais para pedir desculpas e nem tinha o porquê de pedir, mas mais tarde faria isso. Chamaria ela para conversar sem que nossos pais notassem.

Enfim chegamos em casa, ainda calados. Assim que abri a porta de casa, mudamos totalmente a expressão facial.  Isso era apenas algo que existia em relacionamentos, ninguém mais deveria entrar no meio, então prometemos a nós mesmos não demonstrar nossos problemas.

-Passou no mercado filho? – minha mãe perguntou

Droga, esqueci desse detalhe.

-Você não disse o que queria e o celular estava sem sinal. – menti

Quando mencionei a palavra “celular” {s.n.} me olhou e fez uma careta. Tive que rir. Ela realmente estava com ciúmes, isso significava que ela me amava de verdade.

-Do que você está rindo? – mamãe perguntou
-Nada... Nada. Apenas uma besteira.
-E o presente dos seus irmãos?
-Ahn... Está no carro. Depois eu pego.

 {S.n.} foi se sentar com seu pai na sala. Os dois disputavam uma luta do UFC no Xbox.
Ela apertava todos os botões possíveis e conseguiu ganhar a partida com essa estratégia.

-Desse jeito até eu consigo {s.a.}. – provoquei
-Fica na sua Justin. – respondeu – Quer fazer melhor? Então tenta.

 O pai de {s.n.} passou o controle para mim e deu lugar no sofá para que eu me sentasse.
-Fiquem brincando aí, vou lá ver se a mãe de vocês precisa de alguma coisa. – disse ele

Tudo bem, ele percebeu que tínhamos brigado.

Sentei-me em seu lugar e {s.n.} iniciou o jogo. Ela estava jogando direito agora, não ficava que nem louca apertando tudo e do mesmo jeito estava ganhando. Seria a raiva?

Olhei para trás para ver se tinha alguém por perto, já não me importava com o jogo. Não vi ninguém, eles deviam estar lá fora com Jazzy e Jaxon.

-Você não precisa ficar assim. – disse voltando a olhar para a TV

Ela não me respondeu, continuou a nocautear o meu lutador.

Respirei fundo e ela pausou o jogo e passou a olhar para mim. Ficamos nos encarando, um admirando os olhos do outro  –viciados um no outro, talvez.
-Você sabe que não precisa ficar assim. Nós não precisamos brigar por essas coisas – hesitei – principalmente por essas coisas.
-Justin, como você se sentiria no meu lugar? Sem discussão agora, é sério.

Procurei uma resposta para não me render a verdade, “ciúme”.

-Não precisamos nos preocupar com isso. – assegurei
-Você não respondeu o que eu perguntei.

Ouvimos vozes se aproximando a porta. Nossos pais estavam voltando para dentro de casa. Levantei e puxei {s.n.}. Subimos correndo, fomos até o ‘nosso’ quarto e trancamos a porta.
Sentamos na cama e finalmente respondi sua resposta.

-Sim, eu agiria do mesmo jeito.
-Pois é. Não disse? E quem é essa Carly?
-Ela é uma cantora canadense, apenas isso.
-O que ela queria?
-Vai fazer interrogatório?
-Vou.
-Ela queria marcar um dia para almoçarmos juntos.
-E você vai?
-{S.a.} é almoço de negócios.
-Tudo bem, então vai lá almoçar com a sua amiguinha.
-{S.n)... Eu não preciso dela se tenho você. É difícil de entender?
-Aposto que ela é mais bonita do que todas as namoradas que você já teve.
-É mesmo...

{S.n.} me olhou brava.

-Eu responderia "não" se você tivesse falado "mulher da minha vida".

Ri pelo nariz e a abracei de lado.

-Não vai retribuir o abraço? Ainda está brava comigo?
-Justin você está de lad...
-Tudo bem, quer que eu peça desculpas? Eu peço.
-Justin! Você me abraçou de lado, não tem muitos jeitos de retribuir o abraço. E não, não precisa pedir desculpa porque eu sei que também errei.
-Fomos dois idiotas, não é?
-Sim. Principalmente você... – riu
-É, mas você ama o idiota sexy aqui, não é? – me gabei
-Cale a boca... – riu roubando um selinho
-Só isso?
-O que?
-Não é assim que se faz depois de uma briga tosca. – disse – É assim...

Coloquei a mão em sua nuca e fiz uma leve caricia em sem cabelo. Meu corpo estremeceu e a vi fechando os olhos lentamente. Comecei a beijá-la suavemente e devagar.  Nossas línguas se entrelaçaram e nosso beijo começou a ficar mais acelerado.
 Fui empurrando-a para trás passando a mão em sua coxa.

-Justin?

Era minha mãe interrompendo esse sagrado momento.

-Você está ai? – perguntou novamente
-Sim mãe! – gritei saindo de cima de {s.n.}
-Está tudo bem?

Antes de responder, olhei para trás para certificar que {s.n.} já tinha se recomposto. Por sorte ela era rápida.

-Por que não estaria? – disse abrindo a porta

Minha mãe se assustou comigo.

-Nossa, não sou tão feio. – ri
-O que vocês estavam fazendo? – desconfiou
-Nada, oras...
-Justin meu filho, se você quer fazer essas coisas, pode fazer. Mas seja responsável, tome providencias. Vocês ainda são novos para terem um filho.
-O que? – eu e {s.n.} perguntamos em coro
-Por favor, eu vejo o jeito que você olha para o corpo da {s.n.} e o jeito que ela olha para o seu.
-Mãe... Você não ficou falando essas coisas para os pais dela, não é? – implorei
-Não, mas eles não são bobos. Logo vão sacar que você tem uma vida sexual ativa. Se cuidem.

Agora sim eu estava com muita vergonha. Será que eu consigo me esconder embaixo da cama ou algo do tipo?
Certamente {s.n.} já tinha feito isso.

-Bem, agora vou descer e inventar alguma coisa para os pais da {s.a.} não começarem a desconfiar e  sair briga. Quero ver os dois bonitinhos lá embaixo, hein? Logo, logo vamos jantar.

-Ta mãe... – mandei um beijo para ela e fechei a porta

Virei para {s.n.} e franzi o cenho envergonhado.  Ela estava com as maçãs do rosto literalmente vermelhas.

-Desculpe? – perguntei escondendo o rosto
-Vamos esquecer  o que aconteceu agora. – abafou – É...
-Ficou envergonhada?
-Nem um pouco, magina. - ironizou
-Imagine eu que estava logo de cara com a minha mãe.
-Pois é... - hesitou, ela parecia estar se lembrando de algo
-O que foi baby?
-Que chaves eram aquelas?

                               * * *

Hey babes, parte hot que vocês pediram é só mais pra frente pra dar pra 'você/ela' narrar. Comentem viu? u_ú Espero que tenham gostado